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terça-feira, 23 de setembro de 2014

O que é o Estado Islâmico? (+ Vídeo)

Militantes de uma organização terrorista conhecida anteriormente como Estado Islâmico no Iraque e no Levante declararam, em junho deste ano, um “califado islâmico” no Oriente Médio –chamado agora apenas de Estado Islâmico. Desde então, esses guerreiros se tornaram um dos assuntos mais importantes do noticiário internacional.

O que é o Estado Islâmico?
É uma organização terrorista que declarou, em 30 de junho deste ano, o controle de um território estratégico entre a Síria e o Iraque. Seus membros estabeleceram, ali, um califado islâmico e têm disputado com os governos regionais.


Mas eles surgiram de repente?
Não. Esse tipo de movimento extremista foi fomentado ali pela invasão americana de 2003 e pelo progressivo fracasso do governo iraquiano. O projeto faz parte da tendência que inclui, também, a Al Qaeda e outras organizações. Até junho, esses terroristas se chamavam de Estado Islâmico no Iraque e no Levante, abreviado em português EIIL e, em inglês, Isil.


O que é um califado islâmico?
É um modelo político surgido no século 7, na península Arábica, a partir da liderança de Maomé, o profeta do islamismo. “Califado” significava “sucessão”. No caso, os líderes muçulmanos que vieram após a morte do profeta.


Profeta?
O islamismo surgiu no século 7 a partir da revelação de Maomé, que organizou essa religião e unificou tribos em torno da ideia central de que só há um único Deus, comum ao cristianismo e ao judaísmo. O islã é a revelação feita aos árabes, na península Arábica.


Todo califado é terrorista?
Não. Nem todo muçulmano, aliás. As práticas terroristas são específicas de uma interpretação radical do islã que não é mainstream nem foi a regra durante os séculos de islamismo. O fundamentalismo é, na verdade, um fenômeno contemporâneo, reagindo ao secularismo contemporâneo, segundo estudiosos como Karen Armstrong (autora de “Em Nome de Deus”).


Eu deveria me preocupar?
Sim. Mas analistas não esperam que o Estado Islâmico se mantenha de fato como um Estado, controlando fronteiras e articulando governos. Os terroristas estão bem armados, mas enfrentam a inimizade de toda a região. Os Estados Unidos têm bombardeado posições do califado, também. Veja abaixo alguns de seus inimigos:




Quem é o líder do Estado Islâmico?
Como no modelo do califado histórico, o Estado Islâmico tem um califa –um líder político e religioso. Neste caso, é Abu Bakr al-Baghdadi:



Todos os muçulmanos seguem esse califa?
Não. Essa seria a ideia de um califado, como foi o projeto de Maomé e de seus seguidores no início do islamismo. Mas Abu Bakr al-Baghdadi é seguido por uma pequena parcela dos muçulmanos, e enfrenta oposição de todos os Estados islâmicos. Ele não representa o islã.


Pequena parcela, quanto?
Os EUA estimam entre 7.000 e 12 mil combatentes. O Estado Islâmico diz que são 50 mil na Síria e 30 mil no Iraque. É difícil ter certeza sobre esse número, já que a região vive em convulsão política.


De onde vem o dinheiro do Estado Islâmico?
Essa organização terrorista controla poços e refinarias de petróleo na região, lucrando com seu contrabando. É cobrado também imposto da população. A renda inclui, por fim, o resgate cobrado por reféns e a pilhagem de bancos.


Fonte: Folha de São Paulo.





Ditadura Militar em quadrinhos + Vídeo.















sábado, 13 de setembro de 2014

A farsa do aquecimento global.

Há pelo menos três décadas o tema sustentabilidade tomou conta da agenda internacional. Governos do mundo inteiro se dizem preocupados e montam estratégias de “como conservar o planeta”. Os possíveis malefícios que o chamado aquecimento global pode causar à humanidade nos são ensinados desde a época da escola, quase que na mesma proporção das quatro operações básicas da matemática e da concordância.
O efeito estufa e os buracos na camada de ozônio entraram na nossa casa por meio dos veículos de comunicação, que tomaram a pauta para si e veiculam as catástrofes anunciadas por cientistas.
Ser sustentável se tornou cool. Cuidar da natureza para mantê-la próspera e exuberante para as próximas gerações, uma obrigatoriedade. E se a esta altura viesse alguém com gabarito, teses científicas, e muitos argumentos embasados e convincentes dizer que tudo isso não basta de balela, impossível, e que por trás de todo este cataclisma criado, há muito mais poder político econômico, do que de fato algo que realmente está existindo?
Pois bem. Este alguém existe. E não é um único alguém. Há no mundo centenas de cientistas que tentam expor suas teses de que o aquecimento global não passa de uma farsa inventada.
No Brasil, um dos maiores expoentes desta corrente chama-se Ricardo Augusto Felício, doutor em Climatologia pela Universidade de São Paulo (USP), que junto com sua equipe do Departamento de Geografia tenta ecoar sua voz para mostrar que entramos numa rota equivocada, e que o debate precisa ser ampliado, para tratar deste assunto do modo como ele merece.
“A história do aquecimento global é baseada em um conceito físico que não existe, e não se consegue fazer evidência desta existência. É uma grande balela. Os cientistas perguntam onde estão as provas desta existência, e o lado de lá [cientistas e ambientalistas que acreditam] há 26 anos não nos apresentam”, crava o especialista.  “A força que eles conseguiram para manter esta ideia vem do caos ambiental. O aquecimento global se tornou o mal para todos os problemas da sociedade, e isso é ridículo”, afirma.
Efeito estufa e camada de ozônio
Os ambientalistas sustentam a tese de que o aquecimento global seria oriundo da re-emissão causada por gases ditos de "efeito estufa", graças a sua elevação de concentração na atmosfera, por exemplo, do dióxido de carbono (CO2). 
“O grande absurdo de tudo isso é achar que um elemento só controla tudo, dizendo que o CO2 ou qualquer outro gás causaria o efeito estufa. Este reducionismo é ridículo, é chamar todos os cientistas da história de idiotas.Primeiro, porque, quem controla (o clima da Terra é o Sol, e depois são os oceanos, que são 3/4 do planeta”, explica o climatologista
“O CO2 não tem nenhuma contribuição específica, sua taxa na atmosfera equivale a apenas 0,035%, no máximo, e a própria elevação deste gás é suspeita, se comparar medições de satélites com as de superfície, não batem. Não dá para acreditar nisso, primeiro por conta das medidas, segundo porque a hipótese é furada”, continua o climatologista. “A história deles é que estas moléculas fariam um jogo de ping-pong com a radiação infravermelha e voltariam para a Terra. Isso não dá para acreditar, porque primeiro se ela absorvesse a energia ela trabalharia em um processo isotrópico e deveria ir para todos os lados, e não como uma raquete que bate e volta para o planeta. O efeito estufa é uma teoria física que não existe, por conta de que nosso planeta tem esta temperatura, pois a atmosfera recebe a energia do Sol”,
Outro argumento para sustentar a teoria do aquecimento global, questionado pelo climatologista, refere-se ao derretimento do gelo nos oceanos, que estariam elevando o nível do mar.
“Para se ter uma ideia existem 160 mil geleiras no planeta, mas no máximo 50 são mapeadas. Vivemos no período interglacial, e nesta época, é da natureza dos gelos se derreterem, isso é geológico. O derretimento é resultado da devolução de água para o sistema hidrológico. Depois o processo se inverte, e a água é depositada nas geleiras em forma de neve. Isso é um ciclo natural muito estudado na natureza”, afirma. “E a geleira que hoje derrete está dentro do oceano, ou seja, é água dentro de água, não altera nada, por isso, não eleva o nível do mar. Ele tem seus ciclos e variações, que aumentam um pouco, o que é normal”, sustenta.
Interesses por trás
Felício também discorre que para manter este tema quente, indústrias, governos, mídia, e uma sociedade leiga neste assunto e com medo, dão combustível para que a cada dia o aquecimento global continue amedrontando o mundo inteiro. Ele ainda afirma que a grande maioria dos cientistas que atuam neste sentido é profissional que trabalhou durante a Guerra Fria (1945-1989), e com a queda do Muro de Berlim, ficaria desempregado. “Mudaram o tema da guerra termoglobal para aquecimento global”, coloca. “Estes cientistas gostam de simulações, as mesmas que faziam em casos de bombas, hoje fazem-se em criar possíveis catástrofes”, diz..
Além, claro, ainda de acordo com a sua visão, haver muito interesse econômico para sustentar a corrente “aquecimentista”.

“Vejamos o caso das patentes. A atual, (H)CFC (Hidroclorofluorcarboneto), irá vencer em breve. Ou seja, precisarão de uma nova, e nossos equipamentos que possuem este gás precisarão ser renovados, assim como parques industriais inteiros, já que criaram a história de que ele prejudica a camada de ozônio. Isso gera muito dinheiro, alguém está ganhando muito com isso. Não é bom acabar”, afirma. “Desculpe dizer, mas a mídia tem boa parte da culpa, porque segue esta agenda internacional”, continua. “Se prestar atenção o discurso ambientalista é favorável ao governo, pois assim sustenta mais impostos, age no cerceamento dos direitos civis, inclusive não faz obrigações ambientais, com a desculpa do aquecimento”, critica.

Fonte: Site DCI

sábado, 8 de março de 2014

China: Socialista ou Capitalista?


Após o término da 2ª Guerra Mundial, os socialistas chineses, com a ajuda soviética e liderança de Mao-Tse-Tung, implantaram o socialismo em 1949. Manteve estreita relação com a URSS até a década de 1960. A partir da década de 1970, a China deu uma guinada ao iniciar a introdução da economia de mercado, se aproximando dos EUA e entrando no Conselho de Segurança da ONU.
As reformas no sistema econômico baseado no capitalismo a uma estrutura política apoiada no socialismo fizeram o governo chinês criar a expressão "socialismo com características chinesas" ou "socialismo de mercado". O resultado foi uma vigorosa recuperação econômica. Em setembro de 2013, a China inaugurou a primeira zona franca do país, projetada como um laboratório das reformas que o governo promete para reduzir a presença do Estado na economia e torná-la mais atraente aos investidores estrangeiros. Além da livre conversão do yuan, a moeda chinesa, a zona franca de Xangai vai testar a adoção de taxas de juros determinadas pelo mercado e não pelo Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês).
O plano inclui o relaxamento de restrições ao investimento estrangeiro e ao fluxo de capitais. Será reduzido o controle sobre 18 áreas do setor de serviços, de transações financeiras ao comércio marítimo. Outros setores até agora sob forte restrição, em que empresas estrangeiras poderão operar na nova zona franca de forma experimental, são educação, saúde, assessoria legal e engenharia. A expansão do setor de serviços é uma das prioridades do projeto de reformas do governo chinês, que busca aumentar o consumo nos próximos anos para depender menos de investimentos e da indústria exportadora. Na cerimônia de abertura, 36 empresas ganharam licença para operar na nova zona franca, que cobre uma área de 28,78 quilômetros quadrados na periferia de Xangai. Por ora, só dois bancos estrangeiros terão operações na área, Citigroup e DBS, de Cingapura. Em um sinal da expectativa gerada pela nova zona franca, a mídia estatal chegou a compará-la com a primeira Zona Econômica Especial de Shenzhen, criada em 1980, que tornou-se um símbolo da pioneira abertura econômica inaugurada pelo então presidente, Deng Xiaoping. A China comunista só conseguiu criar escravidão e miséria, como todo regime comunista. A partir da década de 1980, com o pragmatismo de Deng Xioping, uma série de reformas liberalizantes teve início, cedendo mais espaço para o mercado. O resultado está aí para todos verem. Ainda há muito controle estatal, principalmente nos bancos. Nos último anos, após a crise, o governo recuou na abertura e liberalização, aumentando o poder das estatais. Agora está flertando novamente com mais capitalismo.

Suécia desativa quatro presídios por falta de prisioneiros.

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Enquanto, no Brasil, os últimos levantamentos do Ministério da Justiça apontam que apopulação carcerária brasileira foi a terceira que mais cresceu nas últimas duas décadas, naSuécia, as notícias que estampam os jornais são bem diferentes: o país europeu acaba de desativar quatro presídios e um centro de detenção preventiva por falta de prisioneiros.
A partir deste mês, os “gatos pingados” que cometerem crimes nas cidades de Åby, Håja, Båtshagen e Kristianstad terão que cumprir pena em outros municípios, já que nesses lugares não há mais presídios.
Desde 2004, a população carcerária da Suécia cai 1% ao ano e, entre 2011 e 2012, diminuiu 6%. Como? As autoridades não sabem ao certo, mas desconfiam de algumas medidas que podem ter ajudado: forte investimento na reabilitação dos presos, penas mais brandas para delitos que envolvam drogas e aplicação de penas alternativas para alguns tipos de crime, como pequenos furtos.
Na dúvida, o governo pretende reforçar ainda mais essas medidas e vender apenas os terrenos de duas prisões. Os outros dois serão emprestados a serviços públicos. Assim, se a população carcerária voltar a crescer, será possível reativar as cadeias.
O Brasil também está precisando encontrar uma ‘receita de bolo’ para diminuir sua população carcerária – que é a quarta maior do mundo. Por aqui, a cada 361 pessoas, 1 está presa. A proporção na Suécia? 1 para cada 1.956 cidadãos.

Fonte: Super Interessante

Transposição de água do mar Vermelho pode salvar mar Morto da extinção.

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Foto: Cristian Kirshbom/Creative Commons

Pensa que só no Brasil há projetos polêmicos de transposição? No Oriente Médio, um acordo recém-assinado que prevê a transposição de água do mar Vermelho para o mar Morto também está dando o que falar.
Tudo começou há alguns anos com a constatação de que o mar Morto está fazendo jus ao nome e, até 2050, pode desaparecer para sempre. Considerado a maior depressão do planeta, o lago passa por um processo acelerado de evaporação. Em 40 anos, seu volume de água caiu dois terços – e essa perda pode se intensificar, à medida que a temperatura na região aumentar por conta do aquecimento global.
A solução encontrada para evitar o funeral do mar Morto? Realizar uma transposição de água do mar Vermelho. Israel, Jordânia e Autoridade Palestina – os três países que têm responsabilidade sobre as águas do lago salgado – acabam de assinar acordo que prevê a construção de um duto entre os dois pontos. O projeto, que tem o aval do Banco Mundial, tem custo final estimado em R$ 22,9 bilhões.
A ideia é extrair, anualmente, até 200 milhões de metros cúbicos de água do mar Vermelho, que cruzarão cerca de 200 quilômetros de deserto, entre Israel e Jordânia, dentro de uma tubulação, apenas com a força da gravidade – já que o mar Morto está bem abaixo do nível do mar Vermelho. Parte do recurso será dessanilizado para oferecer água potável à Jordânia e Israel. O restante, junto com os resíduos da dessanilização, será despejado no mar Morto, para evitar sua extinção.
Parece uma boa ideia? Não para os ambientalistas. O primeiro ponto defendido por eles é que os governos estão atacando o problema sem se preocupar com a causa. O mar Morto está secando por conta do consumo abusivo de água, que não será resolvido com a transposição do mar Vermelho. Cerca de 95% da água do rio Jordão que deveria desembocar no lago salgado não chega ao seu destino, porque é interceptada por jordanianos, israelenses e palestinos, sobretudo para uso na agricultura.
A segunda questão é que o mar Vermelho e o mar Morto possuem qualidade e composição química de água diferente. Ao misturá-las, podem-se gerar reações químicas perigosas, como uma crosta de gesso flutuante que poderia acelerar a morte do lago salgado.
Alheios às críticas, Israel, Jordânia e Autoridade Palestina seguem seus planos de transpor a água do mar Vermelho e chamam o projeto de “nada menos do que histórico”. Em um ano, eles pretendem abrir as licitações para construir o duto e a usina de dessalinização, para só depois avaliar o impacto ambiental da obra. Será que essa história vai acabar em ressuscitação ou assassinato?

Fonte: Super Interessante

quinta-feira, 6 de março de 2014

ONU: em 22 anos, Brasil reduz mortalidade infantil em 77%.

O país apresenta uma das quedas mais significativas entre 196 nações ou territórios monitorados.

Dados da Unicef apontam para uma queda na mortalidade em crianças menores de 5 anos — em 2012, foram quatorze óbitos entre 1.000 nascidos vivos
Dados da Unicef apontam para uma queda na mortalidade em crianças menores de 5 anos — em 2012, foram quatorze óbitos entre 1.000 nascidos vivos (Wathiq Khuzaie/Getty Images)
A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos caiu 77% em 22 anos no Brasil — entre 1990 e 2012. É o que indica um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), em Brasília. O país apresenta uma das quedas mais significativas entre 196 nações ou territórios monitorados, e ocupa a sétima posição no ranking, logo abaixo do Peru. As Maldivas ocupam o primeiro lugar, com 89%.
Em 1990, a média brasileira era de 62 mortes para cada 1 000 nascidos vivos. O índice caiu para 33 óbitos pela mesma referência em 2000 e, em 2012, atingiu a marca de quatorze óbitos entre 1 000 nascidos vivos. Os dados foram levantados por um grupo formado pela Unicef, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Banco Mundial e pelas Divisões de População e Estatística das Nações Unidas.
O relatório esmiúça ainda a taxa de redução da mortalidade em outras duas faixas etárias: para crianças menores de 1 ano, a queda foi de 75%. Já no período neonatal, nos primeiros 28 dias de vida, o índice caiu 68%.
“O Brasil reduziu a mortalidade infantil mais do que toda a América Latina, mais do que países emergentes, que os Brics (grupo formado por Brasil, Índia, Rússia, China e, mais recentemente, África do Sul) e teve uma taxa de redução maior do que a dos países de renda média alta”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação do relatório.
Dados do Ministério da Saúde, também divulgados nesta manhã, apontam que a região Nordeste foi a que registrou maior porcentual de queda na mortalidade entre crianças até 5 anos: 77,5%, passando de 87,3 para 19,6 óbitos por 1 000 nascidos vivos. Entre os estados que se destacaram nessa redução estão Alagoas, Ceará e Paraíba.  
Mundo — O Brasil atingiu a meta do Objetivo do Milênio em relação à redução da taxa de mortalidade quatro anos antes do prazo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). A nível mundial, porém, o relatório desenha um cenário preocupante. Caso as tendências atuais sejam mantidas, o objetivo de diminuir em dois terços a taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos até 2015 pode ser atingido somente depois de 2028. O prejuízo do atraso é considerado altíssimo: pode levar à morte de 35 milhões de crianças, por causas, na maioria das vezes, vistas como evitáveis. Por isso, o documento exalta a necessidade de ações imediatas da comunidade global para acelerar o progresso.   
No mundo, a redução da taxa de mortalidade para crianças de até 5 anos foi de 47%. Isso significa, em números, que 90 milhões de vidas foram salvas entre 1990 e 2012. Por outro lado, neste mesmo período, 216 milhões de crianças morreram por motivos que poderiam ter sido evitados — como a diarreia.
Doenças como pneumonia, diarreia e malária são as principais causas de morte na infância. Segundo dados do relatório da ONU, essas doenças levam à morte cerca de 6 000 crianças de até 5 anos todos os dias.

Fonte: Veja.com

França x Islã




As orações dos muçulmanos nas ruas das cidades francesas foram comparadas, pela extrema-direita, à ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. O Governo proibiu-as mas não há lugar para todos os crentes nos antigos e novos locais de culto. Muçulmanos franceses num edifício dos bombeiros convertido em local de culto. Em Paris, o acordo assinado entre os responsáveis de duas mesquitas do bairro número 18 (no norte da cidade) e o Governo não agradou a todos os muçulmanos. A proibição de rezar nas ruas e passeios entrou em vigor na sexta-feira, dia 16, mas, nesse dia, nem todos conseguiram rezar no interior das mesquitas e de um quartel dos Bombeiros transformado à pressa em local de culto muçulmano. Violando a lei, 200 crentes rezaram numa ruela do quarteirão parisiense de Barbés. Também em Nice, no sul da França, e em Gennevilliers, nos arredores de Paris, aconteceu o mesmo.
Em Marselha, onde, tal como em Paris, as tensões entre muçulmanos, as autoridades e uma parte da população são habitualmente muito agudas, não se verificaram incidentes. A Polícia não interveio na sexta-feira passada contra as orações na rua, mas o Governo indicou que não tolerará nova violação da proibição na próxima sexta-feira, dando a entender que não exclui o recurso à força para fazer respeitar a lei. Oferta não corresponde às necessidades – Com as antigas mesquitas e os novos locais postos à disposição dos fiéis, a cidade de Paris tem agora 13 mil lugares disponíveis para o principal dia de oração semanal (sextas-feiras), mas esta oferta apenas corresponde a metade das necessidades, segundo o Conselho Francês do Culto Muçulmano. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos Demográficos, existem no total, em França, 2,1 milhões “muçulmanos declarados” com idade compreendida entre os 18 e os 50 anos.
Os muçulmanos criticam os novos espaços, designadamente o de Paris, por ainda não ter sala de abluções para as mulheres nem carpetes instaladas. Criticam igualmente o fato de não terem acesso ao “quartel-mesquita” de Bombeiros todos os dias – de momento, as orações apenas são autorizadas, nesse local, à sexta-feira. “Estamos a ser tratados como gado”, disse um muçulmano na televisão. O Governo garante que, em Paris, esta solução é provisória até 2013, ano em que deverá terminar a construção de um Instituto das culturas islâmicas que, segundo o Ministério do Interior, resolverá todos os problemas. “Islamização da França” – Entretanto, Marine le Pen, líder da extrema-direita, continua a denunciar a “islamização da França” e evoca “uma chantagem”. “O Estado francês aceitou uma verdadeira chantagem porque eles ocupam as ruas para obrigar o Governo a violar a lei sobre a laicidade dando-lhes um edifício”, disse a chefe do Frente Nacional. Anteriormente, Marine le Pen tinha comparado as orações na rua à ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: Daniel Ribeiro – Expresso.pt — Título RBP

Islã alcançando o Catolicismo como religião dominante da França.


Fonte: Soeren Kern

Ao mesmo tempo, o governo socialista na França recentemente inaugurou uma mega-mesquita em Paris como um primeiro passo rumo a “progressivamente construir uma França Islâmica.”
A maioria do povo na França, de acordo com uma nova pesquisa, acredita que o Islã é influente demais na sociedade francesa, e quase metade vê os muçulmanos como uma ameaça à sua identidade nacional.
A pesquisa revela uma significante degradação da imagem do Islã na França.  Os resultados também demonstram que os eleitores franceses estão ficando crescentemente constrangidos com a imigração em massa proveniente dos países muçulmanos, que foi encorajada por uma geração de elites políticas e culturais na França, dedicadas a criar uma sociedade multicultural.
A pesquisa conduzida pelo Instituto Francês de Opinião Pública (ou Ifop, como é usualmente chamado) e publicada pelo jornal de centro-esquerda Le Figaro em 24 de outubro de 2012, demonstra que 60% dos franceses acreditam que o Islã se tornou “visível e influente demais” na França – mais do que os 55% em uma sondagem anterior dois anos atrás.
A pesquisa também revela que 43% dos franceses consideram a presença de imigrantes muçulmanos uma ameaça à identidade nacional francesa, comparados aos apenas 17% que disseram que ele enriquece a sociedade.
Em acréscimo, 68% dos franceses culpam os problemas associados com a integração muçulmana nos imigrantes que recusam a se integrar (mais do que os 61% de dois anos atrás), e 52% culpam as diferenças culturais (mais do que os 40% de dois anos atrás).
A pesquisa também demonstra uma crescente resistência aos símbolos do Islã. Aproximadamente dois terços (63%) dos franceses dizem que se opõem às muçulmanas vestirem-se com véus ou lenços de cabeça islâmicos em público, comparados aos 59% de dois anos atrás.
Além disto, a sondagem demonstra que somente 18% dos franceses disseram apoiarem a construção de novas mesquitas na França (comparados aos 33% em 1989, e 20% em 2010).
“Nossa pesquisa demonstra um endurecimento maior nas opiniões dos franceses”, contou Jerome Fourquet, presidente do departamento de opinião do Ifop. “Em anos recentes, houve uma semana que o Islã não tinha estado no coração das notícias por razões sociais: o véu, a comida halal, as notícias dramáticas como ataques terroristas ou razões geopolíticas”, disse ele.
A França, que é o lar de cerca de seis milhões de Muçulmanos e tem a maior população muçulmana na União Européia.  Eles são hoje na França, em verdade, Muçulmanos mais praticantes do que são os Católicos Romanos.
Embora 64% da população francesa (ou 41,6 milhões dos 65 milhões de habitantes na França) identifiquem-se como Católicos Romanos, somente 4,5% (ou 1,9 milhões) desses são realmente Católicos praticantes, de acordo com uma sondagem separada sobre o Catolicismo na França, publicada pelo em Julho de 2009.
Com o objetivo de comparação, 75% (ou 4,5 milhões), destes estimados seis milhões, geralmente Muçulmanos do Norte da África ou subsaarianos, identificam-se como “crentes”; e 41% (ou 2,5 milhões) dizem serem Muçulmanos “praticantes”, de acordo com uma reportagem de pesquisa aprofundada sobre o Islã na França, publicada pelo Ifop em Julho de 2011.
Tomada conjuntamente, os dados da pesquisa fornecem evidência empírica que o Islã está bem no caminho de alcançar o Catolicismo Romano como a religião dominante na França.
Essa tendência é também refletida no fato que as mesquitas estão sendo construídas mais freqüentemente na França do que as igrejas Católico-Romanas; aproximadamente 150 novas mesquitas estão sob construção na França.
O número total de mesquitas na França já duplicou para mais de 2.000 durante apenas os últimos dez anos, de acordo com uma reportagem de pesquisa: “Mesquitas em construção: O Controle do Islã na França e na Holanda.” O reitor da Grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur, tem pedido para o número de mesquitas no país ser duplicado novamente – para 4.000 – para se adequar à demanda crescente.
Em contraposição, a Igreja Católica Romana construiu somente 20 novas igrejas na França durante a última década, e fechou formalmente mais de 60 igrejas, muitas das quais estão destinadas a se tornarem mesquitas, de acordo com pesquisa conduzida pelo La Croix, um diário Católico Romano baseado em Paris.
Em semanas recentes, as tensões se incendiaram sobre a proposta de conversão de uma igreja vazia em uma mesquita na cidade central francesa de Vierzon. A controvérsia envolve Saint-Eloi, uma pequena igreja situada em uma vizinhança operária que foi tomada por imigrantes do Marrocos e Turquia.
Com seis igrejas para serem mantidas e menos fiéis cada ano, as autoridades Católico-Romanas em Vierzon dizem que dificilmente possam manter Saint-Eloi. Eles agora querem vender a construção por €170,000 ($220,000) para uma organização muçulmana marroquina que quer converter a igreja em uma mesquita.
Em uma entrevista com o semanário Francês Le Nouvel Observateur, Alain Krauth, o padre da paróquia da maior igreja Católica em Vierzon disse: “A comunidade Cristã não é tão importante como costumava ser no passado.  Se muçulmanos moderados compram Saint-Eloi, nós somente podemos ficar felizes que os Muçulmanos de Vierzon são capazes de celebrar sua religião.” Seus comentários foram recebidos com horror pelos cidadãos locais que estão hoje tentando impedir a igreja de se tornar uma mesquita.
Cenas similares estão sendo exauridas de lado a lado na França.
Na cidade próxima de Poitiers, perto de 70 membros de um grupo de juvenil conservador conhecido como Geração Identidade recentemente ocupou uma mesquita (FOTO ACIMA) que está sendo construída no maciçamente Muçulmano distrito da cidade de Buxerolles. A incursão no dia 21 de Outubro de 2012 tinha a intenção de protestar contra o crescimento da influência islâmica na França.
Os manifestantes subiram no telhado da mesquita e estenderam uma faixa com a simbólica frase “732 Geração Identidade”, uma referência ano ano de 732, quando Carlos Martel barrou o avanço do exército muçulmano ao norte de Poitiers (também conhecido como a Batalha de Tours).
Ao mesmo tempo, o governo socialista na França recentemente inaugurou uma mega-mesquita em Paris como um primeiro passo rumo a “progressivamente construir uma França Islâmica.”A nova mesquita, localizada no norte do subúrbio de Paris de Cergy-Pontoise, não é somente vasto em dimensões, mas é também altamente visível e simbólica: seu minarete da torre, que foi intencionalmente desenhada para mudar o horizonte do subúrbio por ser mais alta do que qualquer campanário de igreja na vizinhança, é provável que se torne o “novo símbolo do Islã na França.”
Falando em nome do Presidente Francês François Hollande na cerimônia de inauguração da mesquita em Cergy, o Ministro do Interior da França, Manuel Valls, articulou a política do governo Socialista vis-à-vis à construção de novas mesquitas na França.  Ele declarou: “Uma mesquita, quando é erguida na cidade, significa uma coisa simples: o Islã tem seu lugar na França.”
Fonte: comshalom.org

quarta-feira, 5 de março de 2014

O carnaval de Salvador e a segregação social.

*Por Marília Lomanto Veloso
Ignoro o critério dos órgãos responsáveis pelo Carnaval de Salvador, para estabelecer o percurso dos Blocos, Trios Alternativos, Independentes ou qualquer outro nome dessas parafernálias musicais. Até que me esforcei por saber, junto a um órgão de turismo, mas não tive êxito na resposta. Certo é que alguns/algumas dos “deuses/deusas” que puxam essas “corporações” não passam pelos tradicionais percursos da Avenida Sete, Piedade, São Pedro, Praça Castro Alves, chamado Circuito Campo Grande (ou Osmar), que prefiro designar por “Circuito Senzala”, tal é a manifesta concentração de nichos de pobreza que ali se aglutinam. Muitos desse reis/rainhas do Axé, Pagode, desfilam apenas pelo trajeto Barra/Ondina, (ou Circuito Dodô), que denomino “Circuito Casa Grande”, em razão do grupo de elite que prefere curtir o Carnaval com “segurança”, longe da “mistura” do centro da cidade.

Por escolha política, estou no “Circuito Senzala” e, do alto do quinto andar de um prédio em frente ao velho Jardim da Piedade, cercado por grades de ferro escondidas atrás de muralhas de madeira, posso enxergar com maior objetividade o Carnaval declamado internacionalmente por ser a mais intensa expressão de alegria (e com razão) e de respeito à diversidade étnica e cultural que marca nosso povo (o que não é verdadeiro). Lamentavelmente essa festa, em nossa capital, vem resgatando a figura de um Navio Negreiro, dessa feita, sofisticado e de elevada tecnologia. Grilhões de antigamente agora são cordas que negros e negras arrastam, de mãos enluvadas, para dar proteção à grande massa de brancos e brancas que se torce (nem sempre) em frente, ao lado e no rastro dos possantes veículos que transportam “deuses/deusas” (às vezes negros e negras) do Axé, do Pagode e de não sei mais o que.
No podium simbolizado pelos Trios Elétricos, o encanto e a fama de rostos globais, convidados especialmente para gozo e delírio da maioria pobre, apinhada e comprimida ao longo do espaço público legal (mas ilegitimamente) apropriado pelas elites que desfilam nas grandes Empresas/Blocos que dominam o Mercado Carnavalesco de Salvador, produzindo um espetáculo destinado principalmente aos ricos e aos turistas que ocupam a cidade durante a folia momesca.
Enquanto arde minha repulsa pela expropriação dos sítios de divertimento em Salvador, continuo a espiar o rito de passagem dos Trios. Em um deles, sem bloco, três jovens negras reverenciam Carmem Miranda. Fico à espera dos gritos dos “espremidos” na Praça Piedade. Nada acontece. O silêncio e a indiferença do público deixam claro que as vocalistas, não obstante afortunadas na escolha das vestes e do repertório, não eram midiatizadas, logo, não conseguiam animar a platéia.
Outros Trios passam. De repente, acontece a explosão. A Praça Piedade enlouquece, mobilizada por uma das “deusas” douradas que comandam o espetáculo do Carnaval da Bahia. E outros “deuses/deusas” se sucedem, enquanto também se aglomeram os “excluídos da corda”, pulando entre as barreiras formadas pelos edifícios, pelo jardim e pelas “correntes vivas” que circulam os Blocos. Não só, o muro se fortifica por fileiras de policiais militares, que parecem ter olhos e ouvidos apenas para os negros fora da corda, os quais, em todos os momentos que pude presenciar, eram os únicos abordados.
Carnaval de Salvador é isso aí: uma ilha de brancos cercada por uma corda de negros e negras. Foi a única resposta que consegui formular diante da indagação que me fez uma paulista sobre essa festa já tão deformada na sua feição democrática. Um simples olhar sobre os Blocos/Empresas Carnavalescos é o bastante para consolidar essa afirmativa que dialoga com uma realidade oposta aos dias de Carnaval, único tempo em que a minoria branca e rica predomina sobre uma cidade histórica e matematicamente negra e pobre. Desse modo, os “habitantes” ocasionais da quase todas essas “cidades dos Blocos” escancaram um violento e insuperável contraste com a população negra dos cárceres, das invasões, das periferias, das favelas, dos quilombos, dos Sem Teto, dos Sem Terra.
Por todo o período de Carnaval, negro é o tom da corda, dos ambulantes que circulam aos milhares. É a cor do povo “Fora dos Blocos”, olhando das calçadas, pulsando ao som de altíssimos equipamentos que amplificam à exaustão as vozes dos “mitos” da passarela e aplaudindo os desfilantes dos Blocos, talvez, na sua expressiva maioria, descendências dos colonizadores de terras no passado, e agora, dos espaços antes livres para brincar e da alegria que vibra a cada passagem dos “latifundiários da folia”.
De fato, no Carnaval de Salvador, a rua, a avenida, a praça se constituem o grande domínio desses novos sujeitos sociais que são os empresários donos dos Blocos e seus associados. É verdade que algum recinto sobra para afrodescendentes, por sua inigualável capacidade vocal e instrumental. Mas por vezes questiono se essa aclamada e fascinante musicalidade não termina sendo uma estratégia excludente a partir de um discurso de inclusão social. Isso significa a urgência em se refletir sobre a utilização, pelas elites, do espaço da música e dos tambores como um grande quilombo, distanciando o potencial de negros e negras das “catedrais cristalizadas” que são as Universidades e de outros locus de poder.
Nesse contexto, chama atenção a quem se dispõe a fazer uma leitura crítica do Carnaval de Salvador, o fato de que em nenhum outro momento a luta de classes se revela com tamanho vigor em nossa cidade. As ruas, praças e avenidas que deveriam pertencer ao povo, seu titular legítimo, se acanham para ceder lugar a alguns privilegiados, a exemplo de atores, atrizes, autoridades e outros figurantes da nobreza daqui e de fora do país que se confinam em luxuosos camarotes garantidos pelos “deuses/deusas” do Carnaval ou explorados por capitalistas do Império de Momo, que vendem o espaço público a quem possa dispor do valor cobrado. O mais censurável é a restrição desses espaços, acessíveis apenas à nata esguia, branca e economicamente estável que desfila rigorosamente vestida de “abadá”, figurino de criação baiana comercializada a preços que humilham a quem ganha um salário e envergonham a tantos quantos militam na trincheira da busca pela destituição das desigualdades e pela construção de uma sociedade onde todos e todas, indistintamente, possam se “empoderar” da exultação de “ser pessoa”, e, nesse sentido, de “ser pessoa dentro de todo o espaço da alegria” do Carnaval de Salvador.
*Marília Lomanto Veloso – Doutora em Direito pela PUC/SP, Professora de Direito da UEFS, Ex Promotora de Justiça da Bahia, Membro do Conselho Penitenciário do Estado da Bahia e Presidente do JusPopuli/Escritó rio de Direitos Humanos

Rússia e China em sintonia no caso Ucrânia.

A China está “em grande concordância” com a invasão da Crimeia pela Rússia, garante o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo. A Ucrânia acusa o vizinho de bloquear as telecomunicações e alerta para as movimentações militares no Mar Negro e a leste.
A Crimeia, uma região da Ucrânia onde os russos são a principal etnia, poderá estar já sob domínio da Rússia. Ainda não há registros oficiais que comprovem a invasão, mas já há um aliado de peso a defender os argumentos russos: a China.
“Há uma grande concordância de pontos de vista da Rússia e da China sobre a situação”, revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado, após uma alegada conversa telefônica entre os ministros russo Serguei Lavrov e chinês Wang Yi.
A declaração de apoio surge depois da Rússia defender que Viktor Ianukovich continua a ser o Presidente da Ucrânia e renovar a declaração de que não reconhece o novo Governo provisório de Kiev.
Em retaliação, o G7 (EUA, Alemanha, França, Canadá, Japão, Itália e Reino Unido) cancelou a participação em todas “as atividades relacionadas com a preparação” da cimeira do G8 (o G7 mais a Rússia), que deveria ocorrer em Sochi (a localidade russa que acolheu os Jogos Olímpicos de inverno) no mês de junho.
Da parte do Reino Unido, o chefe da  diplomacia, William Hague, afirmou que, mesmo sem que haja uma invasão formal, a Rússia já assegurou o controle operacional da Crimeia, a região ucraniana onde se situa uma importante base naval russa: a da frota do Mar Negro, em Sebastopol.
“Estamos claramente preocupados sobre a possibilidade movimentações russas em outras partes da Ucrânia”, reconheceu Hague.
Segundo alguns repórteres da BBC, as tropas russas, com o apoio de milícias pró-russas, terão cercado as duas grandes bases militares da Ucrânia na Crimeia. Os militares ucranianos estarão a ser pressionados para deixarem de obedecer às ordens de Kiev e passarem para o lado do Governo regional, controlado pela maioria pró-russa.
Oleksander Turchinov, o Presidente interino da Ucrânia, colocou o exército em alerta máximo e ordenou a mobilização dos reservistas. Porém, a Rússia terá já na Crimeia um aparelho militar muito superior ao ucraniano, acrescenta a BBC.
Ao mesmo tempo, são cada vez mais os relatos de movimentações militares russas no Mar Negro, junto a Sebastopol, e com veículos junto ao canal de Kerc, a leste.
A Rússia estará também a bloquear as telecomunicações em partes da região, denunciaram os guardas fronteiriços ucranianos.
A União Europeia agendou para um debate sobre a crise na Ucrânia e na Crimeia, com uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros, e as Nações Unidas já anunciaram que o ‘número dois’ da ONU, Jan Eliasson, vai avaliar a situação no terreno.
Da parte dos EUA, está anunciada a deslocação do secretário de Estado John Kerry a Kiev, amanhã. De acordo com a imprensa, o Presidente Barack Obama terá estado ontem em conversação telefônica com David Cameron (primeiro-ministro britânico),  Angela Merkel (chanceler alemã) e Bronislaw Komorowski (Presidente polaco), que concordaram quanto à necessidade de que “o diálogo entre a Rússia e a Ucrânia deve começar de imediato, se necessário com mediação internacional”.

Fonte: ptjornal.com

Oito razões pelas quais os EUA não são mais tão especiais assim

1 - Cidadania americana

Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998. Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999.
Militares americanos participam de cerimônia no dia 15 de dezembro

2 - Mais idas que vindas

Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile. Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países.
Fronteira dos Estados Unidos com o México em San Diego, na Califórnia

3 - Sem religião

Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%.  Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas 1 entre 20 não tinha religião. Em 2013, 1 entre 5
Bandeira dos Estados Unidos na Bolsa de Nova York

4 - O melhor país do mundo

50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA. Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores.
Bandeira dos Estados Unidos

5 - Orgulho da América

2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso.
Casa com bandeira dos Estados Unidos

6 - Determinismo americano

Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”.
Fonte: Pew Research
O presidente americano, Barack Obama

7 - Capitalismo x Socialismo

Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010, a situação se inverteu.
Fonte: Pew Research e GlobeScan
Logo do McDonald's ao lado de bandeira dos Estados Unidos

8 - Senhores das armas

Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais.  Jovens americanos concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
Soldado americano

FONTE: Exame.com